sábado, 11 de junho de 2011

Música na Igreja: Assunto para leigos? II

“Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida” (Tiago 1:5).

No artigo anterior esclarecemos a questão de que qualquer assunto relacionado às Escrituras pode ser compreendido claramente e dominado por qualquer sincero investigador da Palavra de Deus, ainda que este seja um leigo e sem poder contar com o auxílio de uma faculdade teológica. Até aí tudo bem, mas alguém ainda poderá dizer: “Ora! Mas a música não é meramente ‘um assunto bíblico! ’ isso é algo mais complexo!” Ou talvez ainda insistam: “Só na Bíblia não poderemos obter instruções claras e definidas!” Ou então: “Esta é mais uma questão técnica do que teológica!” E assim por diante. Mas será mesmo? Com base nisso mesmo muitos pastores preferem se calar só porque não são músicos, e assim deixar as coisas como estão. (Isa. 56:10).
Concordo se alguém disser que a música não é meramente um assunto bíblico, como os demais. Porém digo que é mais do que isso: Ela é um dos mais importantes assuntos da Bíblia; porque música é adoração, e a Bíblia trata da verdadeira e falsa adoração. E justamente porque a música é adoração, e porque conseqüentemente todos estamos envolvidos com a adoração (não somente os que fazem ou os que executam a música, mas também os que a ouvem, principalmente), que quero esclarecer que música é um assunto para leigos. Sim, ainda que seja alguém que nunca sequer tenha passado por perto de uma faculdade de música, mas que seja um “sincero investigador da Palavra de Deus” (M.E. vol. 2, p. 39), poderá compreender e falar sobre música na igreja. Quer ver? Acompanhe comigo o que diz a reveladora palavra da Profecia: “Satanás fará da música um laço pela maneira por que é dirigida. Deus convida Seu povo, que tem a luz diante de si na Palavra e nos Testemunhos, a ler e considerar, e dar ouvidos. Instruções claras e definidas têm sido dadas a fim de todos entenderem”. (M.E. vol. 2, p. 38).
Analisemos o texto agora: Considerando que Satanás faria da música um “laço” (e isso dentro da nossa igreja!) para “laçar” e destruir os desinformados, Deus achou por bem, para que não fossemos “laçados” pelas músicas de Satanás, deixar toda a luz diante nós, do “Seu povo” (e não somente de alguns) a fim de buscarmos toda a instrução necessária. E onde estaria esta luz?A própria Inspiração deixa claro: “Na Palavra e nos Testemunhos”, ou seja, na Bíblia e no Espírito de Profecia. Isso mesmo! Parece que a Bíblia se cala quando o assunto é música não é? Mas não! Todas as diretrizes, para nos ajudar a distinguir a música santa da profana (Lev. 10:10), e permanecermos firmes contra as sutis ciladas do diabo (Ef. 6:11) estão contidas nela, e não em qualquer outra ciência humana. “Disto também falamos, não em palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas ensinadas pelo Espírito, conferindo coisas espirituais com espirituais.” (I Cor. 2:13). E música de adoração é assunto espiritual.
O texto ainda diz que as instruções dadas são “claras e definidas”, desfazendo a idéia de que a música é um assunto complicado, obscuro, e que, portanto não se pode chegar a um denominador comum. Pelo contrário, todas as instruções são bem “claras” e já estão “definidas”, e o que foi nos deixado, ainda diz o texto, é com o objetivo de “todos entenderem”, e não apenas a uns poucos. Se a compreensão espiritual exata da música fosse limitada somente aos que a fazem ou a executam, aqueles que só a ouvem poderão cobrar de Deus por tê-los condenados por serem “laçados” por Satanás, uma vez que eles eram “inaptos” a “ver” esse laço.
Definitivamente, toda essa divergência que vemos em torno da música na igreja, não se dá pelo fato de ela ser supostamente complicada, complexa, ou porque os que estão se metendo no assunto não são “formados na área”; não! Segundo a própria luz que “o povo” tem diante de si, a causa está no gosto, no eu, no desejo de arranjar novidades. A continuação do texto que analisamos acima acrescenta que a razão de tanta profanação está na “comichão do desejo de dar origem a algo de novo.” (M.E. vol. 2, p. 38).
Então, quem é que está disposto a renunciar o gosto musical religioso com suas “partituras de músicas populares do momento” (T.P.I. vol. 1, p. 497) e atender o convite divino que nos chama a “andar nas veredas antigas” (Jer. 6:16) em plena sociedade pós-moderna? Se não por palavras, mas por atos, o povo está respondendo ao SENHOR: “Não andaremos!” (Jer. 6:16).

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Música na Igreja: Assunto para Leigos?


“Então eles (os anciãos e os escribas), vendo a ousadia de Pedro e João, e informados de que eram homens sem letras e indoutos, maravilharam-se e reconheceram que eles haviam estado com Jesus.” (Atos 4:13 ARC).

Vemos que há no mundo um conceito de que tudo que formos fazer devemos primeiro consultar um mestre no assunto, isso para não se correr riscos. Na área médica, por exemplo, vemos um especialista para cada parte do corpo, e assim em todos os segmentos científicos. Enfim, existe especialista pra tudo. Talvez seja por isso que alguns querem aplicar esta idéia na igreja. Porém, como podemos ver nos textos sagrados, nem sempre foi assim que as coisas funcionaram.
Não quero ser mal interpretado, não pensem que sou contra o consultar um especialista, pois entre um doutor e um leigo, é preferível um doutor. Isso logicamente em se tratando de médicos, engenheiros, professores, etc.
Na igreja a coisa funciona diferente. Quando Jesus escolheu os doze, vemos algo muito interessante: “Para a tarefa de levar avante Sua obra, Cristo não escolheu os doutos ou eloquentes do Sinédrio judaico ou do poder de Roma. Passando por alto os ensinadores judaicos cheios de justiça própria, o Mestre por excelência escolheu homens humildes, iletrados, para proclamarem as verdades que deviam abalar o mundo.” (A.A. p. 17).
Jesus contrariou as regras do seu tempo, Ele “escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar os fortes” (I Cor. 1:27). Ele “escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são para reduzir a nada as que são”. (verso 28). E de fato essa atitude contrariou mesmo muitos mestres da Sua época.
E assim como no passado, muitos hoje na igreja se mostram descontentes e procuram desprezar alguns menos letrados que se levantam na igreja para se meter em assuntos religiosos. Isso simplesmente porque estes são considerados “inferiores” e por serem menos graduados; e porque apresentam às vezes pontos de vista que contrariam os de alguns mestres e doutores.
Mas veja o que nos diz sobre isso o Testemunho do Espírito: “Vemos aqui que nem sempre devem os homens em autoridade ser obedecidos, ainda mesmo que professem ser mestres da doutrina bíblica. Muitos há hoje em dia que ficam indignados e ofendidos de que alguma voz se levante apresentando idéias que divergem das suas com relação a pontos de crença religiosa. Não têm eles há muito advogado que suas idéias são verdadeiras? Assim raciocinavam os sacerdotes e rabis nos dias apostólicos: Que querem dizer esses homens iletrados, alguns deles simples pescadores, que apresentam idéias contrárias às doutrinas que os letrados sacerdotes e autoridades estão ensinando ao povo? Não têm eles direito de se intrometer com os princípios fundamentais de nossa fé.” (T.M. p. 69).
Mas aqueles que se julgavam mestres da religião e que se diziam os únicos aptos a interpretar as escrituras ficaram de fora. “Deus realizará uma obra em nosso tempo que poucos esperam. Ele suscitará e exaltará entre nós os que são mais preparados pela unção de Seu Espírito, do que pelo preparo exterior de instituições científicas. Estes meios não devem ser desprezados ou condenados; eles são ordenados por Deus, mas só podem fornecer as habilitações exteriores. Deus mostrará que não depende de seres humanos instruídos e cheios de si”. (T.P.I. vol. 5, p. 82).
O segredo não está no quanto eu estou cheio de títulos ou diplomas, mas no quanto eu estou vazio de mim! “Mas com os humildes está a sabedoria.” (Prov. 11:2).
“Os sábios serão envergonhados ... eis que rejeitaram a Palavra do SENHOR, que sabedoria é essa que eles que eles têm? (Jer. 8:9).

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